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Itallo, Business Admininstration, Brasilia, Brazil

photo by Kevin Truong

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Itallo, in his own words: “Ser gay para mim significa ser tolerante a diversidade, autêntico, lutador, independente, ter jogo cintura diante da ignorância da sociedade e acima de tudo ser um cidadão que merece respeito independentemente de sua orientação sexual.

O maior desafio que já tive foi morar sozinho em outro estado, pois sou do interior do Maranhão, município chamado de Pindaré-Mirim, que significa em tupi, língua indígena brasileira, peixe pequeno. Desta forma, sai da minha zona de conforto e vim morar sozinho em Brasília, capital do Brasil, sem parentes e amigos por perto, ou seja, foi bem difícil para mim no início, hábitos e costumes totalmente diferentes da minha terra natal.

Minha maior conquista foi em meio as dificuldades financeiras, consegui concluir minha graduação em Administração e atualmente trabalho na área.

Me assumi um pouco antes de me mudar para Brasília, aos 20 anos de idade, na verdade foi uma situação em que minha mãe me surpreendeu, no que diz respeito a reação. Dou ênfase a minha mãe, pois foi ela sozinha que me criou, sendo meu pai e minha mãe, uma mulher independente que sempre correu atrás daquilo que acreditava, uma mulher que admiro muito.

A comunidade gay em Brasília podemos dizer que possui certa liberdade, as ações da secretaria dos direitos humanos voltados para o meio LGBT é mais ativo, mesmo a sociedade apresentando ser preconceituosa quanto a pessoa gay e afins, possuímos certo privilégios/liberdade para nos expô e lutar pelos nossos direitos e respeitar entre nós mesmos os nossos deveres.

Independentemente de ser gay ou não, seja você mesmo acima de tudo e lute pelos seus sonhos, a vida em si não é fácil, e pior ela é muito curta, então, corra atrás, lute, para crescer na vida, ser independente, óbvio que nessa jornada terá que realizar alguns sacrifícios, mas todos nós alguma hora na vida sacrificamos algo para conseguir evoluir e crescer como pessoas e sermos satisfeitas com a vida que escolhemos, algo que acredito ser muito importante, então, acredite em você e se conheça, para poder assumir sua orientação com naturalidade e sabedoria, seja feliz!”

In English:

“Being gay for me means being tolerant to diversity, authentic, a fighter, independent, and above all to be a citizen who deserves respect regardless of their sexual orientation.
 
The biggest challenge I’ve ever had was living alone in another state, for I am from the interior of Maranhão, municipality called Pindaré-Mirim, which means in Tupi, Brazil’s indigenous language, small fish. Thus, out of my comfort zone I came to live alone in Brasilia, capital of Brazil, without family and friends around, i.e., it was hard for me at first, the habits and customs are totally different from my homeland.
 
My greatest achievement was in the midst of financial difficulties, being able to complete my degree in Business Administration and currently working in the area.
 
I (came out) a little before I moved to Brasilia, as a 20-year-old, and it was actually a situation where my mother surprised me, with regards to her reaction. I emphasize my mother because it was she alone who created me, was my father and my mother, an independent woman who always went after what she believed in, a woman I admire very much.

The gay community in Brasilia we can say has some freedom, the secretary of the actions of human rights facing the LGBT media is more active, even presenting society being prejudiced as a gay person and the like, we have certain privileges / freedom to expose us and fight for our rights and respect among ourselves and our duties.

(Advice I’d give my younger self) Whether you are gay or not, be yourself above all and fight for your dreams, life itself is not easy, and worse it is too short, so, chase, fight, to grow in life, be independent, this journey you will have to make some sacrifices, but all of us at some time in life sacrifice something to evolve and grow as people and be satisfied with the life we choose, something which I believe is very important, then, believe in yourself and know, in order to take his guidance and wisdom naturally, be happy!”

Daniel, Journalist, Brasilia, Brazil

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Daniel, in his own words: “Na minha vida, ser assumidamente gay significa muito mais do que ser atraído por outros rapazes. É o primeiro passo de uma longa jornada rumo à liberdade. Um caminho cheio de descobertas, possibilidades e experiências incríveis. Mas nem sempre foi fácil.

Tive que lidar desde muito cedo com o preconceito, principalmente dentro de casa. Ao contrário da maior parte dos meninos, eu andava mais com as garotas; preferia ginástica olímpica ao invés de futebol. Era muito criticado por gostar de dançar, de cantar… acabei abrindo mão de muita coisa na tentativa de agradar meus pais. Lembro bem de como me sentia pressionado a ser mais “homem”.

Eu ficava muito triste e confuso com as cobranças. Não conhecia ninguém que fosse abertamente gay. Tampouco me reconhecia com o modelo caricato de homossexual que era mostrado na televisão. Parecia que não havia espaço no mundo para mim.

Com o passar dos anos, comecei a entrar em contato com ideias feministas por meio de artistas como Alanis Morissette, Shirley Manson e Gwen Stefani. Mas foi só no ensino médio que fiz amigos que compartilhavam dos mesmos interesses. Foi a primeira vez que me senti confortável para aceitar a minha gayzisse.

Nessa época, descobri que não estava sozinho; ao contrário – havia muita gente com os mesmos dilemas que eu. Descobri que era OK ser gay. Foi nessa época que passei a ter menos vergonha de quem sou.

Meus pais demoraram um pouco para aceitar essa condição, mas depois ficou tudo bem. Agora podemos conversamos abertamente sobre o assunto. Hoje, posso dizer que sinto orgulho de mim mesmo.

Se eu pudesse dizer alguma coisa para o Daniel criança, eu provavelmente diria para ele ter menos medo. Ser gay não é tão assustador ou “anormal” quanto parece. Diria para ele se divertir mais; ligar menos para o que os outros dizem. Para buscar a liberdade dentro dele, não nos outros ao redor.”

In English:

“In my life, being openly gay means more than being attracted to other boys. It is the first step in a long journey towards freedom. A path full of discoveries, possibilities and amazing experiences. But it was not always easy.

I had to deal with very early prejudice, mainly indoors. Unlike most boys, I walked over to the girls; preferred gymnastics instead of football. Was widely criticized for liking dancing, singing … I was just opening up a lot in trying to please my parents. I remember well how I felt pressured to be more of a “man”.

I was very sad and confused. I did not know anyone who was openly gay. Nor did I identify with the homosexual caricature model that was shown on television. It seemed that there was no room in the world for me.

Over the years, I began to become familiar with feminist ideas through artists such as Alanis Morissette, Shirley Manson and Gwen Stefani. But it was only in high school that I made friends who shared the same interests. It was the first time I felt comfortable accepting my gayness.

At that time, I discovered I was not alone; on the contrary – there were many people with the same dilemma as me. I found it was OK to be gay. It was then that I began to be less ashamed of who I am.

My parents took a while to accept this condition, but afterwards it was all right. Now we can openly talk about it. Today, I can say that I am proud of myself.

If I could say something to the child Daniel, I’d probably tell him to be less afraid. Being gay is not as scary or “abnormal” as it seems. I would tell him to have more fun; care less about what others say. To seek freedom within it, not the other around.”